Governo Lula Aumenta Importações e Exportações com a Ditadura de Nicolás Maduro


O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não apenas mantém uma relação ideológica estreita com o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, mas também tem ampliado significativamente as transações comerciais entre os dois países. Dados da Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, revelam um aumento nas importações brasileiras provenientes da Venezuela. Até julho, o Brasil adquiriu US$ 268,2 milhões de mercadorias da nação governada por Maduro, um incremento de 3% em comparação com os US$ 260,5 milhões registrados no mesmo período de 2023.

Paralelamente, as exportações brasileiras para a Venezuela também apresentaram crescimento. Nos primeiros sete meses de 2023, o Brasil exportou US$ 631,6 milhões para o regime venezuelano, enquanto no mesmo intervalo de 2022, o valor subiu para US$ 667,1 milhões. Esse movimento de intensificação das relações comerciais não é inédito na história recente entre os dois países. Em 2011, sob a presidência de Dilma Rousseff (PT), o Brasil alcançou o pico das importações, comprando um total de US$ 1,26 bilhão da Venezuela.

No entanto, a relação comercial sofreu grande retração a partir de 2016, durante o governo de Michel Temer. Em 2018, o Brasil comprou apenas US$ 103,6 milhões da Venezuela, e esse número reduziu-se ainda mais em 2019, sob a gestão de Jair Bolsonaro, atingindo US$ 59,6 milhões. O ponto mais baixo dessa trajetória foi registrado em 2020, durante o auge da pandemia de Covid-19, com importações somando apenas US$ 36,3 milhões.

A recente retomada do comércio entre os dois países é vista com desconfiança por diversos setores políticos e econômicos, especialmente devido às questionáveis políticas internas do regime de Maduro. A fidelidade ideológica da esquerda, liderada por Lula, ao governo venezuelano, é alvo de críticas tanto no Brasil quanto internacionalmente.

Em outra frente, o governo Lula enfrenta uma greve dos servidores de órgãos ambientais como Ibama, ICMBio e o Serviço Florestal Brasileiro, que tem travado a emissão de licenças ambientais. Em meio à paralisação, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) propôs um projeto de lei para permitir que estados e o Distrito Federal emitissem licenças em caso de greve nos órgãos federais. A proposta encontrou apoio significativo, tanto no centro quanto na oposição parlamentar, e ameaça ser um novo campo de batalha política para o governo federal.

A crescente interdependência comercial entre Brasil e Venezuela sob a atual administração, juntamente com os desafios internos, como as discussões sobre licenças ambientais, destacam a complexidade e as divergências nas políticas do governo Lula. A proximidade ideológica e financeira com o regime de Maduro levanta questões sobre os rumos das relações exteriores do Brasil e a direção econômica e ambiental do país a médio e longo prazo.

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