Governo Federal Planeja Investir R$ 3,2 Trilhões em Energia no Brasil Durante Próximos Dez Anos



O governo brasileiro anunciou um robusto plano de investimento no setor de energia, prevendo destinar aproximadamente R$ 3,2 trilhões ao longo da próxima década. Essa iniciativa faz parte do caderno de Consolidação dos Resultados do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) até 2034, um documento lançado pelo Ministério de Minas e Energia e pela Empresa de Pesquisa Energética que detalha diretrizes e metas para o desenvolvimento energético do país.

A maior parte dos recursos será direcionada à indústria de petróleo e gás, que representa cerca de 78% do total investido. A Oferta Interna de Energia (OIE) deverá crescer a um ritmo médio de 2,2% ao ano, alcançando a marca de 394,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP) até 2034. Esse aumento é significativo, considerando que a OIE per capita deve passar de 1,45 para 1,72 TEP/hab no mesmo período, embora os números ainda fiquem abaixo da média global de 2019, que era de 1,87 TEP/hab.

Além de ampliar a capacidade energética, o governo vislumbra um fortalecimento das energias renováveis na matriz energética nacional, que deverá manter sua participação em torno de 50% durante todo o período de 2024 a 2034. A expectativa é que, ao final da década, o Brasil alcance um nível médio de renovabilidade superior a 86,1%, consolidando-se como um líder em geração elétrica a partir de fontes limpas, como hidrelétricas, biomassa, energia eólica e solar.

O plano energético brasileiro também busca alinhar-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente ao ODS 7, que propõe a garantia de acesso universal à energia limpa e acessível até 2030. Para isso, o documento destaca a importância da autoprodução e da geração distribuída, que devem crescer de 15% para 17% na geração de eletricidade, enfatizando as contribuições da biomassa e da energia solar.

Com a elaboração deste plano, o governo pretende não apenas expandir a capacidade energética do Brasil, mas também promover uma transição em direção a um futuro mais sustentável e menos dependente de fontes não renováveis, alinhando assim os interesses energéticos do país com as tendências globais de conservação e responsabilidade ambiental.

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