A checagem de fatos, que era realizada em parceria com grupos independentes e organizações de notícias, era vista como uma ferramenta essencial para promover a veracidade das informações disponibilizadas aos usuários. O fim desse programa e sua substituição pelas chamadas “notas da comunidade”, uma abordagem similar à adotada por outra plataforma, levantou preocupações significativas sobre um potencial aumento da disseminação de discursos de ódio e informações enganosas.
Em resposta às mudanças, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), enfatizou que as redes sociais devem atuar de acordo com a legislação brasileira. Ele lembrou que, no passado, a plataforma conhecida como X (anteriormente Twitter) já havia enfrentado sanções por não atender às exigências legais, evidenciando a postura contundente do governo sobre o tema.
Na última quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua preocupação com as ações da Meta, afirmando que a empresa não pode interferir na soberania dos países. Lula salientou a importância de cada nação manter sua autonomia e criticar a atuação unilateral de grandes corporações de tecnologia. Ele recebeu uma ligação do presidente francês Emmanuel Macron na qual discutiram a questão, alinhando perspectivas sobre como as nações podem colaborar para combater a desinformação sem comprometer a democracia.
A crescente tensão entre as autoridades brasileiras e a Meta destaca a complexa interseção entre liberdade de expressão, responsabilidade corporativa e as preocupações de segurança nacional. Com o governo exigindo maior transparência e compromisso das plataformas digitais, o cenário se torna cada vez mais desafiador, levantando questões críticas sobre o vínculo entre tecnologia, informação e ética.