Essa medida segue ações semelhantes tomadas contra outras universidades, como Columbia, que teve cortado um financiamento de US$ 400 milhões e foi pressionada a aceitar exigências para evitar perdas maiores. Dezenas de outras instituições de ensino superior também receberam notificações do governo, avisando sobre possíveis consequências caso não se adeqúem às normas.
A secretária de Educação, Linda McMahon, criticou a postura de Harvard, acusando a universidade de promover ideologias divisivas em detrimento da investigação livre e falhar na proteção dos alunos contra o antissemitismo. McMahon enfatizou que Harvard tem a oportunidade de corrigir esses problemas e restaurar sua reputação acadêmica.
Por sua vez, o presidente de Harvard, Alan Garber, reconheceu a presença de casos de antissemitismo no campus, mas ressaltou que a instituição já tomou medidas para combatê-los. Garber alertou sobre o impacto negativo que a perda de financiamento federal poderia ter nas pesquisas científicas e inovações da universidade.
A revisão dos contratos será realizada por diferentes agências governamentais, incluindo o Departamento de Educação, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e a Administração de Serviços Gerais dos EUA. Elas vão avaliar se é necessário interromper certos acordos entre Harvard e o governo, além de exigir uma lista detalhada de todos os contratos ativos.
Essa força-tarefa foi estabelecida em resposta às tensões em universidades após os ataques do Hamas a Israel, em outubro de 2023. O governo Trump tem dado prioridade ao combate ao antissemitismo e islamofobia, pressionando as instituições de ensino a se adequarem às normas de direitos civis. No entanto, a medida de cortar contratos e subsídios enfrenta contestações na justiça por representar uma interferência do governo nas universidades. A Associação Americana de Professores Universitários e a Federação Americana de Professores já entraram com ações contra essa iniciativa.