Governo de Trump revisa contratos milionários com Harvard em meio a combate ao antissemitismo em universidades Americanas



O governo de Donald Trump anunciou uma revisão em contratos no valor de mais de US$ 255 milhões entre o governo federal e a Universidade Harvard, como parte de uma força-tarefa para combater o antissemitismo. Essa iniciativa inclui também a análise de US$ 8,7 bilhões em subsídios destinados à instituição e suas afiliadas, em um esforço para garantir o cumprimento das normas relacionadas aos direitos civis.

Essa medida segue ações semelhantes tomadas contra outras universidades, como Columbia, que teve cortado um financiamento de US$ 400 milhões e foi pressionada a aceitar exigências para evitar perdas maiores. Dezenas de outras instituições de ensino superior também receberam notificações do governo, avisando sobre possíveis consequências caso não se adeqúem às normas.

A secretária de Educação, Linda McMahon, criticou a postura de Harvard, acusando a universidade de promover ideologias divisivas em detrimento da investigação livre e falhar na proteção dos alunos contra o antissemitismo. McMahon enfatizou que Harvard tem a oportunidade de corrigir esses problemas e restaurar sua reputação acadêmica.

Por sua vez, o presidente de Harvard, Alan Garber, reconheceu a presença de casos de antissemitismo no campus, mas ressaltou que a instituição já tomou medidas para combatê-los. Garber alertou sobre o impacto negativo que a perda de financiamento federal poderia ter nas pesquisas científicas e inovações da universidade.

A revisão dos contratos será realizada por diferentes agências governamentais, incluindo o Departamento de Educação, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e a Administração de Serviços Gerais dos EUA. Elas vão avaliar se é necessário interromper certos acordos entre Harvard e o governo, além de exigir uma lista detalhada de todos os contratos ativos.

Essa força-tarefa foi estabelecida em resposta às tensões em universidades após os ataques do Hamas a Israel, em outubro de 2023. O governo Trump tem dado prioridade ao combate ao antissemitismo e islamofobia, pressionando as instituições de ensino a se adequarem às normas de direitos civis. No entanto, a medida de cortar contratos e subsídios enfrenta contestações na justiça por representar uma interferência do governo nas universidades. A Associação Americana de Professores Universitários e a Federação Americana de Professores já entraram com ações contra essa iniciativa.

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