No primeiro grupo, 15% das ações serão destinadas a um investidor de referência, cujas instruções para participar serão divulgadas em breve pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado. Já no segundo lote, cerca de 17% das ações estarão disponíveis no mercado para investidores em geral, incluindo pessoas físicas, jurídicas e funcionários da companhia. Importante ressaltar que não haverá oferta primária, ou seja, apenas ações atualmente pertencentes ao governo de São Paulo serão negociadas.
Para disputar a posição de investidor de referência, as empresas interessadas devem aceitar as condições estabelecidas no Acordo de Investimentos, que prevê a composição do Conselho de Administração da Sabesp com nove integrantes, sendo três indicações do governo paulista, três do investidor de referência e três independentes. Além disso, o investidor de referência terá restrições quanto à venda de suas ações até dezembro de 2029, com a conclusão prevista dos investimentos para a universalização do saneamento no estado.
O processo de privatização da Sabesp também estabelece que o investidor de referência não poderá participar de projetos concorrentes com a companhia nos municípios paulistas sem consultar previamente o Conselho de Administração. A operação das ações será realizada pelos bancos BTG Pactual, Bank of America, Citi, UBS e Itaú BBA, porém a data específica ainda não foi divulgada.
Com essas mudanças significativas na estrutura acionária da Sabesp, o cenário do saneamento básico em São Paulo promete passar por transformações importantes, proporcionando um novo capítulo na gestão dos recursos hídricos no estado. A expectativa agora se volta para a recepção do mercado e dos investidores em relação a essa privatização e às futuras ações da companhia nesse cenário.