Governo de Lula planeja instalar vidros blindados no Palácio do Planalto após ataques golpistas em janeiro. Medida aguarda aprovação do Iphan.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está tomando medidas para reforçar a segurança do Palácio do Planalto, em Brasília, após os recentes atos golpistas que aconteceram no início deste ano. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República propôs a substituição dos vidros do edifício por material blindado, ação que visa aumentar a proteção do local.

De acordo com fontes do governo, a instalação dos vidros blindados no térreo do prédio terá um custo estimado em R$ 8 milhões. O GSI considera que essa mudança é crucial para reforçar a segurança do Planalto e minimizar a vulnerabilidade do edifício, que foi alvo de invasão e depredação durante os ataques golpistas de 8 de janeiro.

No entanto, a implementação dos vidros blindados está condicionada à autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), uma vez que o Palácio do Planalto é um patrimônio tombado. A assessoria da Presidência da República informou que o GSI está buscando a permissão necessária para realizar essa reforma, mas ainda não há uma previsão para que ela ocorra.

Os ataques golpistas em 8 de janeiro convocados por radicais bolsonaristas resultaram na invasão e depredação de diversos prédios públicos em Brasília, incluindo o Palácio do Planalto. Na ocasião, foi relatado que aproximadamente 3.900 manifestantes chegaram à capital federal para protestar contra o presidente Lula.

Os invasores romperam o bloqueio de segurança e conseguiram acessar os edifícios públicos com pouca resistência da Polícia Militar. A invasão foi descrita como uma ação planejada, com mensagens sendo disseminadas em grupos de Telegram e WhatsApp desde o início de janeiro. Até o momento, 209 pessoas foram presas em flagrante no dia dos ataques.

Em resposta aos eventos de janeiro, Lula anunciou um evento para marcar um ano dos atos golpistas. O presidente pretende realizar um ato no dia 8 de janeiro de 2024, juntamente com os presidentes de outros Poderes e convidando todos os governadores para participar. No entanto, governadores alinhados à oposição, em especial os que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro, já expressaram que não planejam comparecer ao evento, apesar de ainda não terem recebido os convites oficiais.

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