As negociações para um cessar-fogo entre Israel e Hamas já estavam ocorrendo desde o segundo semestre do ano passado, com a mediação do Catar, Estados Unidos e Egito. No entanto, as partes enfrentaram algumas divergências sobre os termos do acordo, o que inicialmente dificultou o progresso.
Finalmente, na quarta-feira, foi anunciado o acordo de cessar-fogo, com a previsão do retorno dos sequestrados e a libertação dos reféns a partir do domingo, 19 de janeiro de 2025. Antes de ser aprovado, o plano enfrentou impasses políticos dentro do governo de Netanyahu, que precisou adiar uma reunião crucial em 48 horas.
Enquanto a decisão era aguardada, o premiê de Israel viu-se ameaçado por líderes de partidos que discordavam da paralisação da guerra em Gaza, região onde já ocorreram mais de 45 mil mortes de palestinos. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, do partido Otzma Yehudit, declarou que deixaria o governo de Netanyahu caso o plano de paz fosse aprovado.
A situação política de Netanyahu não é fácil, já que ele precisa manter uma maioria de 61 cadeiras no parlamento israelense para permanecer no poder. A pressão e os desafios políticos não cessam, e o futuro do governo de Israel permanece incerto diante das tensões no Oriente Médio.
