Desde o último dia 7 de dezembro, a cidade de Damasco tem sido palco de uma intensificação dos conflitos, onde grupos armados, incluindo a Hayat Tahrir al-Sham, estão se mobilizando rapidamente. Esses grupos, considerados terroristas por várias nações, também tomaram o controle da prisão de Saydnaya, uma das mais conhecidas do país, liberando todos os detentos. Este é um evento significativo, pois a prisão era um símbolo da repressão do regime sírio.
A Agência de Aviação Civil anunciou que o Aeroporto Internacional de Damasco suspendeu suas operações e evacuou todos os funcionários, uma medida que reflete a gravidade da situação. Além disso, relatos indicam que o Exército sírio está retirando suas tropas do centro da cidade, enquanto militantes tomam conta de locais estratégicos, como o prédio da televisão estatal, que é crucial para a comunicação e propaganda do governo.
A ofensiva mais recente começou em 27 de novembro, quando forças rebeldes lançaram um ataque em larga escala contra as unidades do exército sírio nas províncias de Aleppo e Idlib. Este tipo de ação não era visto desde 2016, e a situação em Aleppo se agravou consideravelmente quando os milicianos conseguiram, na semana passada, capturar pontos chave, incluindo o aeroporto internacional da cidade.
O circo das operações militares tem gerado uma onda de incerteza e pânico entre os civis, que já enfrentavam um cenário desolador devido a anos de guerra. O desfecho deste novo embate parece incerto, mas o que se observa é um claro enfraquecimento do governo Assad, que agora enfrenta movimentos populares e rebeldes em um nível alarmante. A comunidade internacional observa, enquanto a mira dos conflitos se aprofunda cada vez mais em Damasco, um núcleo vital para a sobrevivência e a legitimidade do regime sírio.