A situação macroeconômica da Argentina também apresenta novos problemas. O Banco Central (BCRA) passou de ter US$ 12 bilhões de reservas líquidas positivas para US$ 11 bilhões negativos, e a dívida comercial de importadores cresceu US$ 20 bilhões em apenas dois anos. Além disso, o Estado passou de um saldo fiscal de quase 0,4% do PIB para um déficit primário de quase 3% do PIB que não tem como financiar, exceto com emissão monetária.
Em meio a essas dificuldades, o presidente recém-eleito, Javier Milei, herda uma economia extremamente vulnerável. O novo mandatário terá que buscar consenso e governabilidade para implementar as mudanças necessárias. A análise da situação economia argentina revela que a herança deixada pelo governo anterior é extremamente desafiadora. O novo presidente terá que enfrentar a necessidade de recompor as reservas, reduzir o déficit fiscal, estabilizar a taxa de câmbio e corrigir as distorções dos preços relativos.
Além disso, a Argentina terá que lidar com suas obrigações de pagamento significativas em 2024, que totalizam cerca de US$ 4 bilhões, e em 2025 precisará recorrer aos mercados internacionais para refinanciar os vencimentos. Para isso, o país precisará demonstrar estabilização e correção das distorções macroeconômicas acumuladas nos últimos anos.
Diante desse cenário desafiador, cabe ao novo governo argentino buscar soluções que possam reativar a economia, controlar a inflação e restabelecer a confiança dos mercados internacionais. A tarefa não será fácil, mas é fundamental para a recuperação e o desenvolvimento do país.