A vice-governadora do Banco Popular da China, Tao Ling, revelou o programa em uma coletiva de imprensa em Pequim. Os recursos serão disponibilizados para 21 entidades governamentais, como bancos e instituições financeiras estatais, com o objetivo de adquirir apartamentos que atualmente estão à venda no país.
Essas entidades serão incentivadas a financiar outras estatais nas províncias chinesas, também para a compra de imóveis encalhados a preços razoáveis, segundo Tao. A expectativa é que os recursos liberados cheguem a US$ 69 bilhões para a aquisição de imóveis com taxas de juros subsidiadas.
A crise no mercado imobiliário na China se tornou um dos maiores obstáculos para o crescimento econômico do país, com construtoras endividadas enfrentando profundas dificuldades financeiras, imóveis sem compradores e atrasos na entrega de novos projetos. Os preços de novas moradias registraram uma forte queda em abril, refletindo a instabilidade do setor.
Com essa ação, o governo chinês busca estabilizar o mercado imobiliário e evitar um colapso que poderia afetar negativamente toda a economia do país. A compra de imóveis encalhados por estatais visa reduzir o excesso de oferta no mercado e dar fôlego às construtoras que enfrentam dificuldades financeiras.