O Itamaraty destacou que a Faixa de Gaza, assim como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, é parte inseparável do Estado da Palestina. Em decorrência disso, o Brasil renovou seu apelo pela retirada completa e imediata das tropas israelenses do território. A nota também enfatizou a urgência de um cessar-fogo permanente, a libertação de todos os reféns e a facilitação do acesso da ajuda humanitária ao povo palestino.
As críticas à postura israelense não se limitaram às declarações brasileiras. Na quinta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que o país tinha a intenção de ampliar o controle militar sobre toda a Faixa de Gaza. Essa afirmação gerou repúdio não apenas entre opositores dentro de Israel, mas também no cenário internacional. No dia seguinte, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, manifestou sua desaprovação ao plano israelense, sublinhando a necessidade de respeitar os direitos humanos.
Além disso, o governo da Alemanha, em uma ação significativa, decidiu suspender a exportação de equipamentos militares que poderiam ser utilizados no conflito. Essa decisão sinaliza uma crescente preocupação internacional acerca da situação em Gaza. O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, também se pronunciou, sugerindo que as nações muçulmanas devem unir esforços para se opor ao plano israelense, buscando formas de mobilizar a oposição internacional.
Em meio a esse cenário complexo e tenso, a comunidade internacional continua a observar com crescente preocupação os desdobramentos da crise em Gaza, esperando que medidas eficazes possam ser tomadas para aliviar o sofrimento da população civil.