Governo brasileiro conclui roadshow para emissão de green bonds e espera captação de até US$ 2 bilhões até novembro.


O governo brasileiro está prestes a realizar a sua primeira emissão de títulos de dívida sustentáveis, conhecidos como green bonds. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que concluiu a primeira apresentação a investidores, chamada de roadshow, em Nova York. Ao todo, foram realizadas 36 reuniões com a participação de cerca de 60 investidores internacionais, incluindo nomes dos Estados Unidos e da Europa.

Durante entrevista a jornalistas, Haddad demonstrou otimismo com o interesse dos investidores internacionais. No entanto, o ministro entrou em “período de silêncio” e não pode mais comentar sobre os detalhes da emissão. Segundo ele, as decisões sobre a data e o montante da emissão cabem ao Tesouro Nacional, indicando que a operação dependerá das condições de mercado.

Nos bastidores, a expectativa é de que a emissão do governo brasileiro seja de aproximadamente US$ 2 bilhões e ocorra até meados de novembro deste ano. Os encontros com os investidores foram conduzidos pelo futuro secretário adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux. Ele destacou a receptividade positiva dos investidores durante o Non-Deal Roadshow, que consistiu em apresentações sem acordos fechados. Dubeux ressaltou o interesse dos investidores não apenas no plano de transformação ecológica do Brasil, mas também no arcabouço dos títulos sustentáveis propostos pelo país.

Além disso, os bancos que irão assessorar o governo brasileiro nessa emissão já foram contratados. São eles o JPMorgan, o Santander e o Itaú Unibanco. No entanto, outros bancos de investimento estão tentando entrar no sindicato de bancos que irá coordenar a emissão do governo brasileiro, pois a seleção dos assessores financeiros foi baseada em critérios de posicionamento nos rankings de mercado de capitais.

A emissão de green bonds pelo governo brasileiro representa uma importante oportunidade para atrair investidores interessados em projetos sustentáveis. Além disso, permite ao Brasil se posicionar como um emissor de títulos alinhado com as preocupações ambientais globais. Resta aguardar a definição do Tesouro Nacional sobre a data e o montante da emissão, de modo a continuar atraindo interesse e capital para impulsionar a transformação ecológica do país.

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