Governo Brasileiro Cobra Resposta dos EUA Sobre Tarifas de 50% e Clama por Soluções Diplomáticas Urgentes nas Relações Comerciais.

Tensão Comercial entre Brasil e EUA: Alckmin Busca Diálogo em Meio a Tarifaço

Na última quarta-feira, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, manifestou preocupação com a recente imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos. Em declarações públicas, Alckmin ressaltou que o Brasil ainda não recebeu uma resposta oficial a um documento enviado em maio, onde foram apresentadas propostas concretas para avançar nas negociações comerciais entre os dois países.

“O que precisamos resolver é a questão tarifária, que não se justifica nesse patamar. É um cenário de ‘perde-perde’, e o interesse de poucos não pode sobrepor o interesse coletivo”, afirmou Alckmin, enfatizando a importância do diálogo entre nações.

As discussões com os EUA têm avançado ao longo de vários meses, conforme o ministro destacou durante uma série de reuniões com representantes do agronegócio, da indústria e da Câmara Americana de Comércio (Amcham). “Hoje pela manhã, promovemos encontros com diferentes setores que mantêm significativa relação comercial com os Estados Unidos, e, à tarde, realizamos uma reunião com a Amcham”, explicou Alckmin.

Ele também comentou que a própria Amcham e a US Chamber emitiram uma nota conjunta em apoio à negociação e revisão das alíquotas tarifárias, indicando um desejo mútuo de retomar o diálogo. No entanto, apesar das sugestões feitas pelo Brasil em um documento confidencial, o governo não obteve resposta até o momento. Para pressionar por um retorno, o executivo brasileiro formalizou uma nova solicitação na última terça-feira, ao assinar um documento dirigido ao secretário Howard Lutnick e ao embaixador Grier, do USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA).

Embora tenha afastado a possibilidade de retaliações imediatas, Alckmin destacou que o Brasil está aberto a concessões, desde que as negociações avancem. “Queremos diálogo. É uma questão urgente, e idealmente precisamos resolver isso nos próximos dias”, afirmou, acrescentando que o Brasil já apresentou iniciativas ambientais e regulatórias que demonstram seu compromisso com padrões internacionais, como a redução do desmatamento.

Alckmin ainda reforçou a importância da colaboração entre empresários brasileiros e americanos, citando exemplos de indústrias como General Motors, Johnson & Johnson e Caterpillar, que possuem laços significativos no cenário bilateral. Ele finalizou sua declaração afirmando que a redução do comércio impactaria negativamente ambas as nações, destacando a falta de lógica nessa situação.

Essa tensão comercial e o desejo por soluções diplomáticas ressoam no ambiente de negócios, onde o foco na união entre os setores produtivos se mostra fundamental para enfrentar desafios e otimizar relações comerciais.

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