O governo brasileiro já vinha acompanhando a situação antes da chegada dos rebeldes do grupo Hayat Tharir al-Sham (HTS) à capital. A deslocamento do ditador Bashar Assad, que deixou a cidade-sede do governo, permanece um mistério. Em comunicado oficial, o Itamaraty reforçou a importância do respeito ao direito internacional humanitário e à unidade territorial síria, além de apoiar os esforços por uma solução política e negociada do conflito que respeite a soberania do país.
Por anos, analistas consideraram a guerra civil síria como um conflito congelado. No entanto, a intervenção da Rússia e do Irã em 2015 garantiu a sobrevivência de Assad, que se tornou um aliado estratégico para esses países. Entretanto, o cenário mudou nos últimos anos, com a Rússia envolvida na questão da Ucrânia e o Irã em conflito com Israel, acrescentando novas variáveis ao conflito.
A situação na Síria continua a evoluir de forma imprevisível, com a população civil sendo a mais afetada pela incerteza e violência. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados estima que mais de 5 milhões de sírios já deixaram o país em busca de segurança, tornando a crise humanitária um dos maiores desafios da atualidade. A comunidade internacional continua a buscar uma solução para a crise, que se arrasta há anos e parece longe de um desfecho definitivo.