Segundo comunicado oficial do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia, as tarifas adicionais de 10% sobre produtos importados afetarão diretamente as exportações bolivianas de minerais, vinhos, quinoa e amêndoas amazônicas. O país sul-americano alerta que esta medida viola as normas do comércio internacional e compromete os acordos estabelecidos na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A Bolívia planeja defender seus interesses perante organismos multilaterais e buscar novos mercados, especialmente na Ásia, para compensar as perdas causadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. O governo boliviano enfatiza a necessidade de expandir as exportações para além da região, mantendo o compromisso com seus produtores e trabalhadores.
As tarifas anunciadas por Trump variam de 10% para países como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia e Brasil, chegando a 20% para a União Europeia e 34% para a China. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos justifica a aplicação das tarifas com base no déficit comercial do país com cada parceiro, buscando equilibrar as trocas comerciais.
Diante desse cenário, a Bolívia alerta para o risco de uma possível guerra tarifária internacional, com consequências negativas para todas as economias e trabalhadores ao redor do mundo. A postura firme do governo boliviano em defesa de seus interesses comerciais reflete a preocupação com as repercussões das medidas unilaterais adotadas pelos Estados Unidos, visando proteger sua economia nacional.
Por fim, a Bolívia reitera seu compromisso em buscar soluções negociadas e cooperativas, afirmando que continuará trabalhando para diversificar seus mercados e manter o fluxo de suas exportações em um contexto global desafiador.