Dentre as 15 capitais que foram às urnas, a proporção de vitórias dos aliados dos governadores foi um pouco menor, porém ainda expressiva, com 60% de êxito. Destaque para São Paulo, onde Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), conquistou a vitória, assim como em Belém, onde Igor Normando (MDB), aliado do governador Helder Barbalho (MDB), também saiu vitorioso.
Em seu discurso após a vitória, Nunes fez questão de agradecer a Tarcísio, destacando a importância do apoio recebido em momentos difíceis. Em algumas cidades, as disputas colocaram governadores e lideranças nacionais em lados opostos. Em Goiânia, por exemplo, Ronaldo Caiado (União) enfrentou diretamente Jair Bolsonaro (PL) no embate entre Sandro Mabel (União) e Fred Rodrigues (PL), tendo Mabel, apoiado por Caiado, como vencedor.
Em Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD) contou com o apoio de Ratinho Júnior (PSD) para vencer, mesmo estando coligado com o PL de Bolsonaro. Em Olinda (PE), a candidata Mirella Almeida (PSD), apoiada pela governadora Raquel Lyra (PSDB), derrotou o candidato apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a parceria entre governadores e prefeitos é uma indicação importante para os eleitores, destacando que o apoio dos governadores tem um impacto simbólico significativo, superando até mesmo figuras nacionais como Lula e Bolsonaro.
O jornal Estadão revelou que, no primeiro turno, os partidos dos governadores lideraram a lista de vitórias em 17 Estados, demonstrando um domínio local que abrangeu 63% dos municípios. O alinhamento entre prefeitos e governadores é percebido como uma via de mão dupla, trazendo benefícios tanto em termos de recursos financeiros para investimentos municipais quanto em termos de força política para os governadores.