Governador do Pará não implantará “lockdown climático”, apesar do decreto de emergência, esclarece Comprova. Entenda mais sobre o assunto.



No dia 17 de setembro, o governador do Pará, Helder Barbalho, decretou situação de emergência climática no estado, o que gerou uma série de repercussões e desinformações nas redes sociais. Diversos tuítes e vídeos começaram a circular, afirmando que essa medida seria uma forma de impor um “lockdown climático”, com restrições às liberdades individuais dos cidadãos.

Porém, o Comprova, projeto formado por jornalistas que visa combater a desinformação, esclareceu que o governo do Pará não tem intenção de implementar um “lockdown climático”. O decreto emitido pelo governador apenas estabelece uma declaração de Situação de Emergência Estadual Nível II, devido à grave estiagem e aos incêndios florestais que assolam o estado. Essa medida autoriza a Defesa Civil a prestar socorro em casos de risco iminente, como incêndios próximos a residências, e a utilizar propriedades particulares em situações de perigo público, com a possibilidade de indenização aos proprietários em caso de danos.

O termo “lockdown climático” foi cunhado por negacionistas para se referir à ideia de que governos estariam usando a mudança climática como pretexto para restringir as liberdades das pessoas. No entanto, o decreto do governo do Pará não prevê nenhum tipo de isolamento social ou restrição de acesso, não se encaixando na definição de lockdown.

Além disso, dados da Confederação Nacional dos Municípios revelaram que muitos municípios brasileiros decretaram situação de emergência devido aos incêndios florestais, afetando milhões de pessoas e causando prejuízos econômicos significativos. A declaração de emergência climática no Pará faz parte de um contexto maior de desafios ambientais enfrentados pelo Brasil e pelo mundo.

Assim, é importante verificar a veracidade das informações que circulam nas redes sociais e sempre buscar fontes confiáveis para evitar a propagação de fake news. A atuação do Comprova e de outros projetos de checagem é fundamental para esclarecer essas questões e promover um debate baseado em fatos e evidências.

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