Governador de SP isenta igrejas evangélicas do ICMS em compra de produtos religiosos em aceno ao eleitorado e busca apoio político



O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tomou uma decisão polêmica ao desobrigar as igrejas evangélicas de pagarem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na compra de produtos religiosos. A medida, que foi interpretada como um aceno ao eleitorado evangélico, foi oficializada por um despacho em 29 de maio e publicado no Diário Oficial no dia 3 de junho.

De acordo com o texto, a administração tributária do estado deixará de cobrar o imposto de “quaisquer entidades religiosas, desde que referidos bens se destinem à finalidade essencial dessas entidades e sem prejuízo da fiscalização”. Essa decisão levanta questionamentos sobre a imunidade tributária garantida às igrejas pela Constituição Federal, que se aplica apenas a tributos diretos, como o IPTU do prédio, conforme entendimento recente do Supremo Tribunal Federal (STF).

A bancada evangélica do Congresso Nacional também tem buscado ampliar as isenções fiscais para as igrejas, seja por meio de negociações políticas, seja através de projetos legislativos, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Igrejas. Este apoio político tem sido uma estratégia recorrente do governo para conquistar o apoio desse importante segmento do eleitorado.

Tarcísio de Freitas tem investido na proximidade com os evangélicos, sendo que durante a Marcha para Jesus no feriado de Corpus Christi, realizada na semana passada, o governador fez um discurso inflamado com citações bíblicas e pedidos de orações pelo Brasil, recebendo o apoio entusiasmado dos fiéis que o aclamavam como “futuro presidente do Brasil”. Esta proximidade com as igrejas evangélicas demonstra a relevância desses grupos religiosos no cenário político do estado de São Paulo e do país como um todo.

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