Além disso, a reunião aconteceu em um cenário político em que o ex-coach Pablo Marçal, filiado ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), tem se aproximado de Bolsonaro, representando uma potencial ameaça à campanha de reeleição de Ricardo Nunes, do MDB, à Prefeitura de São Paulo, apoiada por Tarcísio.
A propaganda eleitoral veiculada por Nunes nesta quarta-feira mostrou o governador paulista declarando que o atual prefeito da capital é o único capaz de derrotar Guilherme Boulos em um eventual segundo turno. Tarcísio afirmou no vídeo: “O Pablo é a porta de entrada para o Boulos”.
Apesar da proximidade entre Bolsonaro e Marçal, aliados do ex-presidente descartam a possibilidade de Bolsonaro se envolver diretamente na campanha do ex-coach, em detrimento de Ricardo Nunes. Membros do PL afirmam que o atual prefeito de São Paulo conta com total apoio do partido.
Pablo Marçal, líder nas pesquisas de intenção de voto entre os eleitores bolsonaristas da cidade de São Paulo, tem previsão de comparecer ao protesto convocado por Bolsonaro no Sete de Setembro, onde dividirá o palco com Nunes, como reportou o jornal O GLOBO.
O candidato do PRTB mantém segredo sobre sua participação no ato e evita se comprometer publicamente com a principal demanda da manifestação, que é pressionar pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Marçal justifica sua postura afirmando que não tem interesse em confrontar Moraes e em adotar o discurso bolsonarista contra a Justiça, enquanto disputa a liderança da cidade.
Enfrentando diversas representações no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Marçal enfrenta acusações de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, o que pode levar à cassação de seu registro como candidato. Apesar disso, a campanha do candidato do PRTB admite nos bastidores que enfrentará desafios tanto eleitorais quanto jurídicos para manter sua candidatura, optando por evitar confrontos que possam prejudicá-lo.
Dessa forma, o encontro entre Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro, bem como a correlação política entre Marçal, Nunes e Bolsonaro, evidenciam a complexidade e as nuances do cenário eleitoral paulistano, marcado por alianças, divergências e estratégias que moldarão o rumo das eleições.
