Durante o evento, que contou com um palco repleto de fogos de artifício, o telão alternava entre a marca do cantor e a marca da empresa de cigarros eletrônicos, gerando controvérsias. O governador de Goiás circulou pelo evento usando um casaco da Ignite, o que chamou a atenção para a ligação do político com a marca.
Vale ressaltar que, desde 2009, é proibida a comercialização, importação e fabricação de cigarros eletrônicos no Brasil, de acordo com a Anvisa. Em abril deste ano, a agência decidiu manter a proibição, alertando para os riscos à saúde associados aos vapes, que podem conter até 20 vezes mais nicotina do que o cigarro comum e aumentar o risco de doenças graves, como o câncer de pulmão e o infarte.
Apesar da proibição, é possível comprar vapes de vendedores ambulantes em locais movimentados ou pela internet, o que tem gerado preocupação entre as autoridades de saúde. A Ignite, que tem um site em português, destaca as vendas de cigarros eletrônicos e oferece frete grátis para algumas regiões, mesmo afirmando não enviar os produtos para países onde são proibidos.
Questionado sobre o evento, o governador Ronaldo Caiado alegou não saber qual era a estampa do casaco que recebeu, ressaltando ser totalmente contra o uso de dispositivos eletrônicos para fumar devido aos danos à saúde. Por sua vez, Gusttavo Lima afirmou que o evento tinha como objetivo promover a linha de bebidas da Ignite, a Ignite Spirits, recém-chegada ao Brasil.
O episódio gerou críticas e levantou debates sobre a relação entre figuras públicas e marcas que comercializam produtos controversos, reforçando a importância da regulamentação e fiscalização nesse setor. É essencial que os artistas e autoridades tenham consciência do impacto de suas associações e promovam práticas que estejam alinhadas com a saúde e o bem-estar da população.