O estudo anual “Device Fraud Scan 2024”, divulgado durante o Congresso Febraban, revelou que mais de 700 mil transações possivelmente fraudulentas foram identificadas em 2023 pela Serasa Experian, por meio de suas soluções antifraude de inteligência de dispositivos. Desse total, 87,2% foram realizadas por meio de aplicativos, enquanto 12,8% ocorreram através de navegadores de internet.
A análise da jornada do usuário, que acompanha cada etapa do fluxo de interação do consumidor em aplicativos ou sites, mostrou que, em 2023, 32,51% das fraudes ocorreram na fase de cadastro, 61,24% no momento do login e 6,25% durante a transação.
Em relação aos tipos de fraudes, 60% estavam relacionadas ao roubo de contas. Esta modalidade não se limita apenas a transações financeiras em bancos, mas também inclui o uso indevido de redes sociais, aplicativos de transporte, e-commerces, entre outros serviços. Os roubos de conta são identificados principalmente durante o processo de login, troca ou reset de senha e até mesmo na troca de dispositivo.
Gustavo Monteiro, Diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção a Fraudes da Serasa Experian, destacou a valorização das contas roubadas, que são negociadas na deep web. Ele explicou que os fraudadores utilizam diversas técnicas, como campanhas de phishing, golpes de engenharia social, SIM Swap, uso de dados vazados e ataques massivos com o auxílio de bots automatizados.
O estudo também revelou padrões de comportamento dos criminosos, indicando que a maioria das tentativas de fraude ocorreu nos dias úteis e 64% delas ocorreram durante o horário comercial. Monteiro ressaltou que os fraudadores preferem atuar em momentos em que os usuários legítimos estão mais ativos, realizando transações e compras online.