Descontentes, alguns políticos apontam que Gleisi não foi capaz de unificar o Partido dos Trabalhadores (PT), do qual ela é presidente há oito anos. Essa escolha de Lula expõe as dificuldades do governo em encontrar alguém para ocupar o cargo, o que acaba prejudicando a articulação e a ampliação de alianças importantes.
O isolamento do ex-presidente também chama atenção, uma vez que ele não está mais ouvindo opiniões sobre suas decisões, consultando apenas Janja e eventualmente Rui Costa, ministro da Casa Civil. A influência da “lacração” e a pressão de Janja foram determinantes para a escolha de Gleisi, que teve como objetivo compensar a demissão da terceira ministra.
Dentro do PT, figuras como Jaques Wagner e José Guimarães, mais civilizados e adequados para a tarefa, foram ignoradas por Lula. O ministério, criado em 2005, já teve em sua chefia políticos habilidosos, como Wagner, Walfrido dos Mares Guia e José Mucio Monteiro, o que reforça a importância da escolha certa para o cargo.
Enquanto isso, audiências públicas estão sendo realizadas em Brasília para discutir o projeto da Usina Termoelétrica Brasília, movida a gás natural, com a participação de ambientalistas preocupados com possíveis impactos no meio ambiente. O empreendimento pode gerar empregos e renda, mas também desperta controvérsias e debates sobre os limites do desenvolvimento sustentável.
Em meio a críticas e incertezas, a nomeação de Gleisi para o Ministério de Relações Institucionais abre espaço para reflexões sobre os rumos do governo e a forma como as decisões estão sendo tomadas. A falta de diálogo e de consenso internos podem comprometer a eficiência da gestão e a possibilidade de estabelecer parcerias estratégicas para o país.