Gleisi Hoffmann ameaça Congresso com bloqueio de R$ 10 bilhões em emendas se novo decreto do IOF for derrubado nesta quarta-feira.



A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, lançou uma advertência contundente ao Congresso Nacional sobre as consequências de uma possível revogação do novo decreto do governo referente ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Durante intervenções realizadas nas redes sociais, Hoffmann destacou que, caso o Congresso decida anular a medida, isso implicaria um bloqueio adicional de cerca de R$ 2,7 bilhões, elevando para R$ 9,8 bilhões o total de emendas parlamentares congeladas neste ano.

O pronunciamento da ministra ocorre em um momento crucial, com uma votação marcada na Câmara para esta quarta-feira (25), onde se discutirá a proposta de revogação do decreto presidencial. De acordo com a ministra, a revogação não só afetaria o orçamento deste ano, como também teria implicações na liberação de verbas para o próximo, acarretando uma perda significativa estimada em R$ 7,1 bilhões em emendas.

A situação se complica ainda mais pelo fato de que a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, em pautar esta votação foi recebida com surpresa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso o projeto avance na Câmara, há grandes chances de que o Senado também entre em votação na sequência, conforme antecipou o presidente da Casa, Davi Alcolumbre.

Essas movimentações políticas indicam um cenário tenso em Brasília, onde o equilíbrio entre os diferentes Poderes se torna mais instável. A implementação do novo decreto de IOF é vista como uma tentativa do governo de estabelecer um diálogo mais produtivo com os parlamentares e de minimizar as repercussões negativas das medidas fiscais anteriores. Por outro lado, a determinação de determinados segmentos do Congresso em seguir a pauta de revogação indica um embate que pode ter consequências duradouras para a gestão financeira e orçamentária do país.

Em suma, a ameaça de bloqueio nas emendas é um sinal claro da pressão que o governo enfrenta nas atuais circunstâncias políticas. As próximas horas se mostram decisivas para o futuro das finanças públicas e para a relação entre o governo e o Legislativo. O desenrolar dessa situação poderá vir a moldar não apenas o panorama financeiro do país, mas também as estratégias políticas das partes envolvidas.

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