Meloni, em sua argumentação, propôs que as garantias de segurança oferecidas à Ucrânia sejam equiparadas às protegidas pelo Artigo 5º da OTAN, que estabelece uma cláusula de defesa coletiva entre os aliados. Essa postura, segundo a primeira-ministra, se alinha à necessidade de fortalecer a segurança de Kiev, sem, no entanto, arriscar um envolvimento militar direto europeu que poderia intensificar ainda mais as hostilidades. A discussão sobre a segurança da Ucrânia ocorre em um momento crítico, com líderes globais se preparando para uma reunião em Washington, que verá a presença do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e do ex-presidente americano, Donald Trump.
Enquanto os líderes dos Estados Unidos e da União Europeia se organizam para um encontro que promete discutir as garantias de segurança para a Ucrânia, Meloni alertou sobre o risco de os aliados europeus serem influenciados por uma possível manipulação da narrativa por parte da administração Biden, favorecendo Trump. A primeira-ministra enfatizou a importância de apoiar os esforços de segurança não apenas para a Ucrânia, mas na dinâmica de relações internacionais mais ampla, que tem se mostrado cada vez mais complexa.
Enquanto isso, a Rússia continua a expressar suas reservas em relação ao fornecimento de armamentos à Ucrânia, considerando isso como um obstáculo ao processo de paz e uma possibilidade de retaliações. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, declarou que qualquer entrega de armas rumo à Ucrânia seria vista como um alvo legítimo pelas forças russas, elevando assim as tensões em um cenário já volátil.
A resistência de Meloni à proposta de Macron ilustra um cisma crescente nas estratégias europeias sobre a melhor forma de lidar com a crise na Ucrânia, onde a dúvida sobre a eficácia da intervenção militar direta continua a dividir opiniões entre os líderes do continente.