O início da controvérsia se deu na última fase da competição, quando os juízes revisaram a apresentação de solo de Jordan Chiles. Originalmente, a ginasta norte-americana havia recebido uma nota de 13.666. Porém, após um recurso dos Estados Unidos, os juízes reavaliaram o grau de dificuldade da série de Chiles, acrescentando 0.100 à sua pontuação. Esse adendo foi suficiente para impulsioná-la à terceira colocação, sobrepujando a pontuação de Ana Barbosu, que era de 13.700.
A resposta da Federação Romena de Ginástica não tardou. Insatisfeitos com a decisão, os representantes romenos apresentaram um recurso ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), questionando a validade e a tempestividade da solicitação estadunidense. Segundo a Federação Romena, houve um atraso de um minuto na solicitação do recurso por parte dos Estados Unidos, o que infringiria os regulamentos da competição.
Após uma análise criteriosa, o TAS deu razão à Federação Romena de Ginástica. O Tribunal reconheceu o atraso mencionado pelos romenos e, dessa forma, anulou o acréscimo de 0.100 na pontuação de Jordan Chiles. Consequentemente, a nota de Chiles voltou a ser 13.666, abaixo dos 13.700 pontos de Ana Barbosu, restituindo à ginasta romena o lugar que lhe era de direito no pódio.
Essa reviravolta não só proporcionou a Ana Barbosu uma justiça tardia mas também sublinhou a importância dos procedimentos corretos e da regulamentação precisa em eventos esportivos de elite. O episódio serve de lembrete para as futuras competições sobre a necessidade de transparência e rapidez na resolução de disputas, garantindo que os atletas recebam o mérito que realmente merecem com base em suas performances.
Rebeca Andrade e Simone Biles, que completaram o pódio, mantiveram suas posições inalteradas. Com esse desfecho, a divisão das medalhas reflete mais fielmente a execução e o talento apresentados durante a competição, consolidando o impacto das ginastas e a precisão da arbitragem esportiva.