Em entrevista ao portal UOL, Alckmin também comentou sobre o panorama eleitoral em São Paulo, onde Lula está engajado na disputa à Prefeitura. Ele destacou que a eleição será marcada por uma “confrontação direta” entre Lula e Bolsonaro, representada pela polarização entre Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo petista, e Ricardo Nunes (MDB), que tem se aproximado de Bolsonaro nos últimos meses. Alckmin ainda afirmou que o cenário eleitoral ainda é incipiente e que não acredita em “vaga garantida” para Boulos no segundo turno.
Quanto às alianças no pleito, Alckmin relativizou a influência das figuras políticas de alcance nacional, destacando que os problemas locais têm mais relevância para o eleitor na hora de decidir seu voto. Ele defendeu a autonomia dos partidos para desenvolver seus apoios, ressaltando o valor da correligionária Tabata Amaral como pré-candidata.
Alckmin também elogiou a “empatia popular” do apresentador José Luiz Datena, afirmando que ele é uma “grande liderança” que poderia ajudar o projeto do PSB em São Paulo. Segundo o vice-presidente, a decisão sobre a participação de Datena na chapa ainda está em aberto e será definida durante as convenções partidárias.
Essas declarações de Alckmin refletem a atual movimentação política em São Paulo, em meio a uma disputa eleitoral acirrada e com alianças em constante negociação. A polarização entre Lula e Bolsonaro promete ser um dos pontos centrais da campanha, influenciando a formação de alianças e estratégias dos candidatos. Ainda é cedo para fazer previsões concretas sobre o desfecho das eleições, mas a presença de figuras como Alckmin e França demonstra a importância do estado de São Paulo no cenário político nacional.