Essa postura, por vezes, é mal interpretada por profissionais de outras gerações, que veem os jovens como descompromissados ou imaturos. De acordo com uma pesquisa da plataforma Intelligent.com, nos Estados Unidos, 60% dos gestores admitiram ter demitido funcionários recém-formados recentemente.
Por outro lado, um relatório da empresa MetLife revelou que quase metade dos profissionais da Geração Z relataram sentir-se estressados, esgotados, deprimidos e isolados no ambiente corporativo. A economista Carla Beni, da FGV, destaca que a intensa exposição às redes sociais gera uma forte cultura de comparação entre os jovens, levando a sentimentos de frustração.
No Brasil, a realidade não difere muito da norte-americana. As empresas ainda têm muito a fazer para se conectar de maneira eficaz com a Geração Z e mobilizá-la em torno dos objetivos do negócio. Távira Magalhães, diretora de Recursos Humanos da Sólides, ressalta que as empresas estão em transição, algumas mais maduras e outras ainda com dificuldades para se adaptar.
A Geração Z representa 27% da força de trabalho global e esse número deve chegar a 30% nos próximos cinco anos, de acordo com estimativas da consultoria McKinsey. Esses jovens buscam propósito, qualidade de vida e felicidade no trabalho, gerando uma mudança radical na visão de mundo em relação às gerações anteriores.
O formato de trabalho é outro ponto de atrito entre empregados e empregadores, com a preferência da Geração Z por um modelo mais flexível, como o home office, híbrido ou 100% presencial. As empresas precisam se adaptar a essas demandas para atrair e reter talentos, levando em consideração as expectativas e necessidades dessa nova geração.
Portanto, é fundamental que as empresas estejam dispostas a se aproximar da Geração Z, aprendendo com sua inovação e conhecimentos complementares. A diversidade de pensamentos e experiências pode ser enriquecedora para todos os envolvidos, contribuindo para um ambiente de trabalho mais colaborativo e produtivo.