Salukvadze, que finalizou na 38ª posição das eliminatórias, ainda tem a chance de adicionar uma quarta medalha ao seu já notável histórico olímpico. Essa oportunidade virá na prova de pistola de 25 metros, cuja qualificação está marcada para a próxima sexta-feira.
Originária da Geórgia, a trajetória olímpica de Salukvadze começou em 1988, quando representou a União Soviética nos Jogos de Seul. Na época, com apenas 19 anos, ela já fazia história, conquistando duas medalhas: ouro nos 25 metros e prata nos 10 metros, se tornando a primeira atiradora a alcançar tal feito com menos de 20 anos. Anos depois, em Pequim-2008, ela voltaria ao pódio, desta vez com um bronze.
Após sua estreia em Seul, Salukvadze competiu em Barcelona-1992 pela equipe unificada, composta por ex-atletas soviéticos, antes de seguir representando a Geórgia nas oito edições seguintes: Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004, Pequim-2008, Londres-2012, Rio-2016, Tóquio-2020, e agora Paris-2024.
Em 2008, sua ação ao abraçar a atleta russa Natalia Paderina, após ambas subirem ao pódio em Pequim em meio a um conflito entre seus países, repercutiu mundialmente como um pedido de paz. Além disso, Salukvadze alcançou outro feito notável no Rio-2016, ao competir ao lado de seu filho, Tsotne Machavariani, tornando-se a primeira dupla de mãe e filho a disputar juntos uma edição dos Jogos Olímpicos.
Após Tóquio-2020, Salukvadze considerou se aposentar, mas foi incentivada a continuar por seu pai e treinador, Vakhtang, que faleceu neste ano. Sua participação em Paris-2024 é também uma homenagem ao seu progenitor, demonstrando não apenas sua habilidade, mas também sua determinação e espírito inquebrável.
Sob qualquer ângulo que se observe, Salukvadze é uma figura inspiradora no cenário olímpico. Seus feitos transcendem a mera competição, representando a persistência, a história e, em muitos momentos, a própria humanidade nas Olimpíadas.