Genocídio na Faixa de Gaza: especialistas alertam sobre grande número de mortes de crianças e mulheres em debate na Comissão de Legislação Participativa

Em um debate na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, especialistas alertaram para a tragédia em curso na Faixa de Gaza, com um grande número de mortes entre crianças e mulheres. Segundo o presidente da Federação Palestina no Brasil, Ualid Rabah, em pouco mais de 200 dias de conflito, quase 43 mil palestinos já perderam suas vidas. Dentro dessas estatísticas alarmantes, as crianças são as maiores vítimas, representando quase 19 mil mortes, o que corresponde a 44% do total de vítimas.

Rabah afirmou que a situação na Palestina constitui a maior matança de crianças da história humana em guerras. Ele comparou a proporção de crianças mortas em Gaza com as vítimas do Holocausto em Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial, ressaltando a gravidade da situação. Além das crianças, as mulheres também são fortemente impactadas pelo conflito, representando o segundo maior grupo de vítimas, com mais de 10 mil mortes.

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, reforçou a visão de que a guerra travada por Israel não é apenas contra o grupo Hamas, mas sim contra a existência da Palestina como um todo. Ele destacou que o genocídio em curso na região tem como alvo não apenas a resistência palestina, mas a própria identidade e cultura desse povo.

Além das mortes, a região da Faixa de Gaza também enfrenta uma crise humanitária grave, com a fome afetando especialmente mulheres e crianças. O chefe do Programa Mundial de Alimentos da ONU, Vinicius Limongi, alertou que toda a população de Gaza está em situação de insegurança alimentar, com níveis críticos de desnutrição. Ele ressaltou que a situação é única e extrema, com um número crescente de pessoas em estado de emergência nutricional.

Diante desse cenário desolador, o Brasil tem defendido o reconhecimento do Estado Palestino como uma medida crucial para garantir a paz na região. O deputado Padre João (PT-MG) expressou sua indignação diante do genocídio em curso e da destruição que assola a região, pedindo por ações concretas para salvar vidas e promover a paz.

Após a audiência pública na Comissão, houve protestos e manifestações de diferentes posicionamentos políticos em relação à situação na Palestina. O deputado Abilio Brunini (PL-MT) expressou sua preocupação com a falta de diálogo e defendeu a necessidade de mais debates e discussões para encontrar soluções para o conflito. A questão da Palestina continua sendo um tema urgente e complexo que exige a atenção e a ação da comunidade internacional.

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