Rabah afirmou que a situação na Palestina constitui a maior matança de crianças da história humana em guerras. Ele comparou a proporção de crianças mortas em Gaza com as vítimas do Holocausto em Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial, ressaltando a gravidade da situação. Além das crianças, as mulheres também são fortemente impactadas pelo conflito, representando o segundo maior grupo de vítimas, com mais de 10 mil mortes.
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, reforçou a visão de que a guerra travada por Israel não é apenas contra o grupo Hamas, mas sim contra a existência da Palestina como um todo. Ele destacou que o genocídio em curso na região tem como alvo não apenas a resistência palestina, mas a própria identidade e cultura desse povo.
Além das mortes, a região da Faixa de Gaza também enfrenta uma crise humanitária grave, com a fome afetando especialmente mulheres e crianças. O chefe do Programa Mundial de Alimentos da ONU, Vinicius Limongi, alertou que toda a população de Gaza está em situação de insegurança alimentar, com níveis críticos de desnutrição. Ele ressaltou que a situação é única e extrema, com um número crescente de pessoas em estado de emergência nutricional.
Diante desse cenário desolador, o Brasil tem defendido o reconhecimento do Estado Palestino como uma medida crucial para garantir a paz na região. O deputado Padre João (PT-MG) expressou sua indignação diante do genocídio em curso e da destruição que assola a região, pedindo por ações concretas para salvar vidas e promover a paz.
Após a audiência pública na Comissão, houve protestos e manifestações de diferentes posicionamentos políticos em relação à situação na Palestina. O deputado Abilio Brunini (PL-MT) expressou sua preocupação com a falta de diálogo e defendeu a necessidade de mais debates e discussões para encontrar soluções para o conflito. A questão da Palestina continua sendo um tema urgente e complexo que exige a atenção e a ação da comunidade internacional.