General Motors cancela demissões em fábricas de São Paulo após rejeição de pedido de liminar pelo TST.



A General Motors anunciou no sábado que irá cancelar as 1.245 demissões em suas fábricas localizadas em São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo. O comunicado foi feito aos três sindicatos de metalúrgicos que representam os trabalhadores nessas cidades, um dia após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) rejeitar o pedido da montadora para manter as demissões.

Após o anúncio, o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano, divulgou que a empresa realizará uma reunião na tarde de segunda-feira, 6, com as três entidades sindicais para tratar do cancelamento das demissões. Mariano comemorou a suspensão dos cortes, convocando um churrasco em frente à fábrica para celebrar a vitória dos trabalhadores.

Durante os 13 dias de greve, a produção das três plantas ficou completamente paralisada. O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região já havia determinado a reintegração dos funcionários de São José dos Campos e que as demissões não ocorressem sem negociação prévia. A GM, porém, entrou com um pedido de liminar para manter os cortes. A Justiça do Trabalho também ordenou o cancelamento das demissões nas fábricas de São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes.

A empresa demitiu um total de 1.245 funcionários, por meio de telegramas ou e-mails, sendo 839 em São José dos Campos, 300 em São Caetano – onde veículos são produzidos – e 105 em Mogi das Cruzes, que é voltada para a produção de componentes.

A General Motors justificou as demissões pela necessidade de adequar seu quadro de funcionários devido à queda nas vendas e nas exportações. O grupo emprega cerca de 12 mil pessoas nas três fábricas. A empresa ainda não se pronunciou sobre o cancelamento das demissões.

A notícia do cancelamento das demissões foi recebida com alívio pelos trabalhadores e sindicatos envolvidos, que consideraram a decisão como uma vitória histórica conquistada através de uma luta intensa. A mobilização e união dos trabalhadores durante os 13 dias de greve foram fundamentais para a reversão da situação. Agora, os empregados aguardam a reunião com a empresa para discutir os detalhes do cancelamento das demissões e buscar soluções para enfrentar os desafios do mercado automobilístico.

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