Durante o depoimento, Vergílio foi questionado sobre um áudio em que menciona a execução de “operações especiais”. Ele explicou que essa operação seria uma fase posterior dentro da lei, negando qualquer ligação com um golpe de Estado. O ex-general ressaltou que caberia ao presidente Jair Bolsonaro defender a Constituição Federal e que, se iniciasse janeiro como ex-presidente, isso sim seria considerado um golpe.
Outro ponto polêmico do depoimento foi a menção de que seria necessário dar a missão ao comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia de prender Alexandre de Moraes em sua casa, seguido da leitura do decreto de GLO no dia seguinte. O ex-militar admitiu ter sugerido essa ação, mas ressaltou que não tinha conhecimento técnico para garantir a sua execução.
Além disso, a polícia investiga se integrantes do Batalhão de Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, utilizaram técnicas militares para incitar a tentativa de golpe de Estado. Vergílio também foi questionado sobre a pressão feita ao ex-comandante do Exército, General Freire Gomes, para aderir à tentativa de golpe, alegando que a intenção era convencê-lo da constitucionalidade.
No entanto, o ex-general negou qualquer participação em planos para executar um golpe de Estado, deixando claro que suas declarações e sugestões tinham como objetivo principal a busca pela normalidade institucional e a harmonia entre os poderes. Ainda assim, suas declarações geraram preocupação e levantaram questionamentos sobre a estabilidade política do país.