Generais criticam Augusto Heleno e apontam erro crucial na gestão de Bolsonaro: permanência no governo após a entrada do Centrão.

Nos meandros do universo político brasileiro, a figura do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro, tem sido alvo de críticas por parte de seus pares. Nos bastidores, generais que atuaram ao lado de Heleno apontam um erro crucial que, segundo eles, comprometeu não apenas sua carreira, mas também sua integridade diante das recentes investigações que culminaram em sua condenação.

De acordo com esses generais, a decisão de Heleno em permanecer no governo após a aliança com o Centrão foi um equívoco estratégico. Essa aliança, considerada por muitos como uma rendição aos interesses políticos tradicionais, teria exposto o general a um cenário onde suas decisões e ações foram questionadas. A crítica central é que, caso Heleno tivesse optado por deixar o cargo neste momento, ele poderia ter evitado as repercussões negativas que culminaram em sua condenação no chamado inquérito do golpe.

A condenação de Heleno, anunciada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), resultou em uma sentença de 21 anos de prisão, chocando o meio militar e provocando uma onda de reações dentro do Exército Brasileiro. Com 77 anos, Heleno enfrenta agora a possibilidade de cumprir a pena em regime fechado, mas sua defesa planeja solicitar a conversão da pena para prisão domiciliar, levando em conta sua idade e condição de saúde.

A situação de Heleno levanta questões mais amplas sobre a dinâmica interna das Forças Armadas e sobre como os generais, em especial os que se alinharam ao ex-presidente, lidam com as consequências de suas decisões. Há uma percepção de que a permanência em um governo em que os interesses políticos passaram a sobrepujar os princípios éticos e estratégicos pode ter um impacto duradouro na imagem de líderes militares.

À medida que o caso avança nas instâncias judiciais, fica evidente que a reflexão sobre a conduta de Heleno pode provocar um efeito dominó entre seus colegas. O episódio ressalta a fragilidade das alianças no mundo político, especialmente quando estas envolvem figuras militares, e a importância de escolhas estratégicas que, em última análise, podem determinar o futuro de uma carreira.

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