Nos últimos anos, houve uma antecipação do décimo terceiro dos aposentados, que foi pago integralmente no primeiro semestre. Para o ano de 2021, o governo projeta um total de R$ 923 bilhões em benefícios previdenciários, o que representa uma queda em relação ao ano anterior, após correção pela inflação. No entanto, analistas apontam que essa estimativa pode estar subestimada pelo governo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que os gastos referentes ao ano de 2023 foram impactados pelo pagamento de precatórios atrasados da gestão anterior, de Jair Bolsonaro. Para o ano de 2025, a proposta do Orçamento prevê um aumento significativo nos benefícios previdenciários, o que pode pressionar ainda mais o rombo da Previdência Social.
O economista Fabio Giambiagi destacou que a política de aumento do salário mínimo acima da inflação tem impacto direto no aumento do déficit previdenciário, uma vez que os benefícios não podem ser inferiores ao valor do salário mínimo. Ele defende que uma estratégia mais conservadora, como a adotada no governo Bolsonaro, poderia ser mais eficaz para controlar o rombo da Previdência a longo prazo.
Diante desse cenário, é importante atentar para as projeções futuras e as possíveis medidas que poderão ser adotadas para conter o aumento do déficit previdenciário no país. A discussão sobre a desvinculação dos benefícios previdenciários do salário mínimo e a necessidade de uma reforma previdenciária se tornam cada vez mais urgentes diante do cenário de crescimento das despesas previdenciárias.
