Durante um evento nesta quinta-feira, Galípolo abordou o fenômeno, declarando que a elevação do dólar reflete, na verdade, “disfuncionalidades sistêmicas”, sem vínculos diretos com uma manipulação por parte de investidores. Ele ressaltou que tal elevação deve ser encarada com uma análise cuidadosa e não precipitadamente como uma ação mal-intencionada do mercado.
Em um dia particularmente turbulento para a moeda americana, o dólar chegou a ser cotado em R$ 6,30, mas a situação foi amenizada após leilões de US$ 8 bilhões realizados pelo Banco Central, que trouxe uma certa stabilidade ao câmbio. Galípolo enfatizou que a flutuação do câmbio é uma característica natural da economia e que o Banco Central deve intervir apenas em cenários de desajustes significativos.
A discussão sobre a taxa de juros também esteve presente nas falas do futuro presidente do Banco Central. Galípolo indicou que há uma expectativa de alta nas taxas, em decorrência do cenário econômico desafiador, com uma inflação que se mostra cada vez mais presente no discurso econômico nacional. Ele sublinhou que manter a taxa em elevação é uma estratégia fundamental para controlar a inflação e estabilizar a economia.
Por outro lado, Haddad, após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, expressou suas preocupações a respeito do comportamento do dólar, não descartando a possibilidade de que o recente aumento fosse fruto de ações especulativas. Essa divergência nas percepções sobre as causas da alta do dólar provoca um clima de incerteza que pode impactar não apenas a política econômica, mas também a confiança dos investidores.
Enquanto isso, permanece a expectativa sobre como o Banco Central e o Ministério da Fazenda irão articular suas políticas para enfrentar esses desafios, garantindo a estabilização da moeda em um ambiente econômico já delicado. A integração dos discursos e ações entre as duas frentes será crucial para o futuro econômico do país.