Em sua mensagem, o presidente chileno declarou: “Meus respeitos à democracia brasileira que resistiu a uma intenção de golpe de Estado e hoje julga e condena seus responsáveis. Trataram de destruí-la e hoje termina fortalecida. Democracia sempre.” Essa manifestação não é apenas uma demonstração de solidariedade, mas também um reflexo do fortalecimento das relações entre Brasil e Chile, países que vêm consolidando uma parceria mais estreita nos últimos anos.
A condenação de Jair Bolsonaro, que recebeu uma sentença de 27 anos e três meses de prisão, representa um marco histórico na política brasileira, sendo a primeira vez que um ex-presidente é condenado por crimes que ameaçam a democracia. O julgamento por parte da Primeira Turma do STF foi conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que propôs essa significativa pena, que inclui 24 anos em regime fechado. Essa decisão envolve também multas que foram sugeridas por outros ministros presentes na Turma.
Contraposto ao voto da maioria, o ministro Luiz Fux se opôs à condenação, defendendo a absolvição de Bolsonaro em todos os crimes. O resultado do julgamento foi de 4 votos a 1, evidenciando a seriedade com que o STF trata crimes como organização criminosa e tentativa de golpe contra o Estado. A rápida repercussão dessa decisão no cenário político internacional, especialmente em países da América Latina, indica um clima de expectativa sobre as direções que democracias na região poderão tomar em um contexto onde o fortalecimento da democracia é visto como essencial.
Assim, enquanto Boric elogia a resistência da democracia brasileira, essa situação ressalta a importância de um diálogo contínuo e solidário entre nações que compartilham a mesma visão de um futuro democrático e integrado.
