Uma série de abusos cometidos por policiais militares, denúncias de corrupção envolvendo delegados da Polícia Civil e o uso irregular de aeronaves da PM para transportar amigos e familiares estão entre os problemas que desafiam a continuidade da carreira política de Derrite.
Recentemente, o secretário convocou uma reunião de emergência com sua equipe para discutir a delação do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, assassinado após relatar à Corregedoria da Polícia Civil que agentes da corporação exigiram propina para não investigá-lo pela morte de um líder do PCC. Essa delação atingiu a cúpula da Polícia Civil, levando à prisão de oito policiais civis, incluindo um delegado e um investigador.
Além disso, Derrite tem enfrentado críticas pela aumento da letalidade policial e por casos de violência envolvendo PMs nos últimos meses. As entidades de direitos humanos também questionam a criação de uma ouvidoria paralela, enfraquecendo o trabalho da Ouvidoria das polícias.
Diante desse cenário, deputados estaduais de oposição ao governo protocolaram um pedido de impeachment contra Derrite, alegando que sua conduta é considerada “excessivamente letal”. O governador Tarcísio de Freitas anunciou a ampliação da implementação de câmeras nas fardas dos policiais, admitindo estar errado ao defender a retirada dos equipamentos.
As acusações de que Derrite cedeu um helicóptero da PM para transportar amigos e familiares, e permitiu que um empresário estacionasse um jato particular no pátio da corporação, também pesam contra ele. Apesar do desgaste, aliados acreditam que Derrite não deixará o cargo de secretário, pois conta com a confiança de Tarcísio.
No entanto, seu futuro político para as eleições de 2026 pode ser comprometido devido aos recentes incidentes. Os próximos passos de Derrite incluem reavaliar suas aspirações políticas e possíveis mudanças na estrutura da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, em meio à pressão crescente.