A carta, que foi entregue por Diana Mondino a Lula, foi amplamente divulgada pela imprensa argentina. Nela, Milei convida o presidente brasileiro para sua posse, ressaltando a importância do momento de transição para a Argentina e também para o seu governo. Ele reforça o convite e expressa seu desejo de que Lula esteja presente no evento em Buenos Aires.
Apesar do convite, ainda não há confirmação de que o presidente brasileiro aceitará. Isso se deve, em parte, à postura estabelecida por Milei em relação a Lula ao longo dos últimos meses, quando o então candidato se referiu a ele como “ladrão” e “comunista”, além de insinuar que não manteria laços com o ex-presidente caso chegasse ao cargo.
A possibilidade da presença de Lula na posse de Milei é vista com cautela pelo governo brasileiro, especialmente após a eleição acirrada em que Sergio Massa era favorito do Planalto. No entanto, nos dias que antecederam a votação já havia contatos entre Milei e Brasília, indicando uma possível abertura para diálogo e cooperação.
Apesar das tensões eleitorais, a carta de Milei para Lula demonstra um desejo de deixar a animosidade da campanha para trás e construir relações de cooperação entre os dois países. Milei enfatiza que Brasil e Argentina têm “muitos desafios pela frente” e que mudanças econômicas, sociais e culturais, baseadas nos princípios da liberdade, levarão ambos os países a um futuro de prosperidade e competitividade.
Além do convite para a posse, Milei destaca a importância da cooperação entre Brasil e Argentina e expressa seu desejo de que o trabalho em conjunto resulte em crescimento e prosperidade para ambos os países. A mensagem enviada por Milei ainda aguarda um pronunciamento oficial do Palácio do Planalto.