No dia 24 de janeiro, uma tempestade provocou enchentes que evidenciaram a insuficiência do sistema de drenagem implantado na região. Mesmo com obras milionárias realizadas na última década, os alagamentos persistem e os moradores estão preocupados com a situação. A Prefeitura de São Paulo ainda não implementou as soluções previstas em estudos realizados em 2019, o que tem agravado a situação.
Imagens que circularam entre os moradores mostram operários ilhados no topo da estação, enquanto a correnteza toma conta da Avenida Pompeia. A futura parada da Linha 6-Laranja, que está prevista para transportar mais de 630 mil passageiros por dia, encontra-se em um local onde vários cursos d’água foram enterrados durante o processo de urbanização da cidade.
O Córrego Água Preta, que passa pela região e nasce na Vila Romana, tem contribuído para os alagamentos. Uma antiga galeria subterrânea esconde o curso d’água e passa pelos fundos da Estação Sesc-Pompeia. Durante as chuvas, a rua Venâncio Aires se transforma em um rio com correnteza forte, o que tem causado preocupação e prejuízos aos moradores e comerciantes locais.
O comerciante Carlos Gomes de Oliveira, de 68 anos, viu sua loja de bolsas de couro ser submersa durante o temporal. Ele atribui parte dos prejuízos às obras da Linha 6-Laranja, que teriam afetado a drenagem local. A empresa responsável pela construção do metrô, Linha Uni, defende que a estação foi projetada levando em consideração os alagamentos e que não houve danos graves durante o temporal.
A Prefeitura de São Paulo informou que está elaborando projetos para a drenagem complementar da região, mas moradores e comerciantes pedem soluções urgentes para evitar novos problemas. A situação na região da Estação Sesc-Pompeia permanece delicada e os moradores temem novas tragédias causadas por alagamentos. O espaço segue em aberto para possíveis manifestações da empresa responsável e da prefeitura.