O impacto do furacão foi imediato: mais de um milhão de residentes ficaram sem energia elétrica e um alerta de inundação repentina foi emitido para quase dois milhões de pessoas na região. Apenas uma hora após tocar o solo, a intensidade de Milton foi reduzida para categoria 2, com ventos ainda perigosos de 177 km/h. As previsões indicam que a tempestade deverá atravessar o centro da Flórida, passando por cidades como Lakeeland, Kissimmee, Orlando e Cabo Canaveral até a manhã da quinta-feira.
Antes da chegada do furacão, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia alertado a população sobre o fenômeno, referindo-se a ele como uma “tempestade do século”. Milton se intensificou rapidamente, inicialmente alcançando a categoria 5, tornando-se a tempestade mais forte do ano, com ventos sustentados que chegaram a 281 km/h, em parte devido ao aquecimento anômalo das águas do Golfo do México.
A devastação causada por Milton já levanta comparecimentos com acontecimentos passados, como o furacão Katrina, que em 2005 causou destruições massivas. O porta-voz do condado de St. Lucie, Erick Gill, relatou que dezenas de casas sofreram danos, alguns deles categorizados como catastróficos, mas o número exato de vítimas ainda está em apuração.
A intensidade das tempestades e o padrão crescente das catástrofes naturais têm gerado discussões sobre mudanças climáticas e a necessidade urgente de ações eficazes de preparação e resposta a desastres. Ao que tudo indica, Milton é um exemplo claro do desafio que as comunidades costeiras enfrentam diante da crescente força dos fenômenos naturais. As autoridades seguem monitorando a situação e recomendam que os moradores permaneçam em segurança enquanto a tempestade ainda estiver ativa.