No entanto, apesar da cobrança do governador, o aporte milionário será destinado à implementação de “planos inovadores do estado do Pará”, de acordo com o fundo filantrópico de Jeff Bezos, dono da gigante americana. No total, a Bezos Earth Fund investiu US$ 57 milhões em projetos relacionados ao futuro da alimentação e do meio ambiente. Além disso, está previsto um aporte adicional de R$ 850 milhões até 2030 para apoiar a implementação da agenda global emergente sobre sistemas alimentares e clima.
No entanto, a questão do uso do nome “Amazon” ainda está em discussão, com o governador argumentando que a marca deveria pagar uma compensação à região brasileira pelo uso da palavra em inglês, que se traduz para o português como “Amazonas”. O governador afirmou que não busca apenas uma compensação financeira, mas também parcerias para que a companhia possa investir no estado, destacando a importância de retribuir à população local.
Em relação ao investimento destinado ao Pará, a Bezos Earth Fund detalhou a destinação dos recursos para “planos inovadores do estado, no Brasil, para alcançar o desmatamento ilegal zero nos próximos três anos, criando o maior sistema de rastreabilidade animal do mundo”. A instituição explicou que em parceria com outras organizações, poderá rastrear carne, laticínios e couro para eliminar a desflorestação das cadeias de valor e trazer incentivos florestais positivos para criadores de gado e pecuaristas.
O governador do Amazonas também revelou que uma reunião com a Amazon está marcada para o dia 5 de dezembro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Dubai. Essa tentativa de chamar a atenção da Amazon e de Jeff Bezos não é nova, com o governo já tendo divulgado um vídeo direcionado para o empresário em 2022, destacando a questão do uso do nome e convidando-o a conhecer a região. Com essa série de iniciativas, o governo busca promover mudanças positivas na região amazônica e garantir o apoio de grandes empresas na proteção do meio ambiente.