A descoberta da irregularidade se deu a partir de inconsistências nos dados dos atestados apresentados. A médica, ao ser questionada sobre os documentos, comprovou que não havia emitido nenhum deles e, mais importante, que a assinatura que constava nos atestados era falsificada. O uso de seu carimbo e do timbre da unidade de saúde também foi alvo de confirmação, levando a uma investigação mais profunda por parte da Coordenação de Recursos Humanos da UPA.
Em resposta ao incidente, a empresa responsável pelas funcionárias decidiu demiti-las, alegando que a gravidade da situação justificava essa ação. Além disso, há a suspeita de que outros documentos falsificados possam ter sido utilizados anteriormente. Para apurar a extensão da fraude, a UPA determinou que todos os atestados recebidos no intervalo de 2024 a 2025 serão revisados, com o objetivo de identificar possíveis outras práticas irregulares.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que supervisiona a UPA, divulgou uma nota enfatizando que a equipe está comprometida em colaborar com as investigações e reitera sua política de não tolerância com práticas corruptas entre seus colaboradores. A embasamento da responsável pela unidade confirma que um Boletim de Ocorrências foi registrado para o estelionato, e a Coordenação de Recursos Humanos continuará avaliando documentação médica emitida anteriormente, assegurando que quaisquer documentos fraudados sejam devidamente tratados pelo Departamento Jurídico. O episódio ressalta a importância da integridade e da ética no setor público, principalmente na área da saúde, onde a confiança desempenha um papel crucial no relacionamento com a comunidade.