O governador designou o coronel Paulo Amorim, comandante-geral da PM, juntamente com três delegados da Polícia Civil, todos escolhidos pelo delegado-geral, Gustavo Xavier. A situação se tornou ainda mais grave após um incidente, em que Pedro Silva, considerado um foragido, invadiu a residência de sua ex-companheira, no bairro do Prado, em Maceió. Durante essa invasão, ele fez cinco pessoas reféns e cometeu um duplo homicídio, resultando na morte do seu próprio filho, de apenas 10 anos, e de seu cunhado, que era sargento da PM. O trágico desfecho aconteceu quando o major foi confrontado por agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e acabou perdendo a vida.
O governador Dantas expressou profundo choque e consternação em relação ao episódio, classificado como um crime brutal. Ele ressaltou que o major tinha um histórico de violência, tendo sido preso anteriormente por agredir a ex-companheira. Infelizmente, uma decisão judicial flexibilizou sua custódia, permitindo que ele permanecesse na Academia da PM, facilitando sua fuga. “Precisamos entender como isso aconteceu e onde falhamos. Não podemos permitir que uma instituição que deveria zelar pela segurança cometa tais erros”, afirmou o governador.
Dantas acrescentou que, assim que tomou conhecimento do ocorrido, exigiu uma investigação rigorosa para esclarecer os detalhes da fuga e os mecanismos que possibilitaram tal situação. Ele enfatizou a tristeza que sentiu ao saber do desenrolar dos fatos, onde um homem cometeu atos tão extremos por conta do fim de um relacionamento. O governador também reafirmou o compromisso do Estado em combater a violência, destacando a importância de políticas públicas de prevenção, como as do programa Corações da Paz, que está sendo lançado para enfrentar este tipo de tragédia e proteger a sociedade. “O Estado não se omite”, concluiu.