Fraudes em licitações apontam vereadores de Guarujá envolvidos com empresa ligada ao PCC; operação revela esquema de corrupção.



Uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), revelou um esquema de direcionamento de licitações envolvendo ao menos três vereadores e um candidato a prefeito em Guarujá. Segundo as apurações, os políticos teriam direcionado licitações da Câmara Municipal e da Prefeitura para uma empresa ligada a Cristiano Lopes Costa, conhecido como “Meia Folha”, que era líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). O criminoso foi assassinado em março deste ano em uma lanchonete no Guarujá.

A operação, que contou com o apoio das polícias Militar e Civil, resultou na emissão de 26 mandados de busca e apreensão nas cidades da Baixada Santista e na capital paulista. Além do direcionamento de licitações, as investigações também apontam para possíveis casos de favorecimento de agentes públicos através do recebimento de propinas.

Durante a operação, participaram 15 integrantes do Ministério Público, 76 policiais militares do Comando de Policiamento de Choque e 50 policiais civis. Até o momento, não foram divulgados os nomes dos políticos envolvidos nem das empresas beneficiadas pelo esquema.

A HC Transporte e Locação Eirelli, empresa vinculada a Meia Folha, foi contratada pela Prefeitura de Guarujá para prestar serviços de controlador de acesso e limpeza das unidades de Saúde. Segundo a gestão municipal, a empresa venceu as licitações relacionadas aos serviços, cumprindo todas as exigências legais para a homologação dos contratos.

A prefeitura informou que os contratos com a HC Transporte e Locação Eirelli não incluem análises sobre as pessoas físicas ligadas à empresa, exceto em casos de parentesco com servidores municipais. A decisão sobre a manutenção dos contratos após a descoberta do envolvimento da empresa em esquemas ilícitos ainda não foi divulgada.

O assassinato de Cristiano Lopes Costa, o “Meia Folha”, ocorreu em março deste ano em uma lanchonete. Testemunhas relatam que os disparos foram feitos por um homem que passou pelo local em uma moto. O autor dos disparos ainda não foi identificado e o caso segue em investigação pelas autoridades competentes.

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