A operação, que contou com o apoio das polícias Militar e Civil, resultou na emissão de 26 mandados de busca e apreensão nas cidades da Baixada Santista e na capital paulista. Além do direcionamento de licitações, as investigações também apontam para possíveis casos de favorecimento de agentes públicos através do recebimento de propinas.
Durante a operação, participaram 15 integrantes do Ministério Público, 76 policiais militares do Comando de Policiamento de Choque e 50 policiais civis. Até o momento, não foram divulgados os nomes dos políticos envolvidos nem das empresas beneficiadas pelo esquema.
A HC Transporte e Locação Eirelli, empresa vinculada a Meia Folha, foi contratada pela Prefeitura de Guarujá para prestar serviços de controlador de acesso e limpeza das unidades de Saúde. Segundo a gestão municipal, a empresa venceu as licitações relacionadas aos serviços, cumprindo todas as exigências legais para a homologação dos contratos.
A prefeitura informou que os contratos com a HC Transporte e Locação Eirelli não incluem análises sobre as pessoas físicas ligadas à empresa, exceto em casos de parentesco com servidores municipais. A decisão sobre a manutenção dos contratos após a descoberta do envolvimento da empresa em esquemas ilícitos ainda não foi divulgada.
O assassinato de Cristiano Lopes Costa, o “Meia Folha”, ocorreu em março deste ano em uma lanchonete. Testemunhas relatam que os disparos foram feitos por um homem que passou pelo local em uma moto. O autor dos disparos ainda não foi identificado e o caso segue em investigação pelas autoridades competentes.