As vítimas desse crime muitas vezes não percebem que foram enganadas até que tentam acessar serviços bancários, como solicitar um cartão de crédito ou fazer um empréstimo. Nesse momento, elas se deparam com surpresas desagradáveis, como restrições em seus nomes devido a dívidas que não reconheceram, ou até mesmo a descoberta de uma conta bancária em um banco digital aberta em seu nome sem seu consentimento. Situações mais graves podem levar as vítimas a receber intimações ou notificações relacionadas a fraudes.
O delegado Sidney Tenório, responsável pelas investigações, esclarece que a proliferação de bancos digitais, que muitas vezes operam com processos de abertura de conta mais ágeis, combinada à fragilidade na segurança dos dados, tem contribuído para a crescente incidência dessas fraudes. Ele alerta que a falta de rigidez em algumas instituições permite que qualquer um consiga criar contas utilizando os dados de outras pessoas, tornando a situação ainda mais crítica.
Para se proteger dessa prática criminosa, é fundamental que as pessoas adotem medidas preventivas. Uma dica importante é utilizar o portal do Banco Central, que oferece um serviço de consulta pública. Este site permite que os cidadãos verifiquem, gratuitamente, informações sobre empréstimos em seu nome, contas bancárias abertas, chaves Pix cadastradas, entre outros dados financeiros. Caso alguém encontre transações ou contas que não reconhece, é imprescindível entrar em contato com a instituição financeira e formalizar a contestação, além de registrar um boletim de ocorrência para dar seguimento às investigações e tentar reverter a situação. Essas medidas são essenciais para proteger não apenas o patrimônio dos indivíduos, mas também a integridade do sistema financeiro como um todo.