Os assessores do presidente francês, Emmanuel Macron, avaliam que a participação da Europa nestas negociações é vital. O receio é que Trump, conhecido por sua abordagem isolacionista em políticas de defesa e comércio, possa pressionar a Ucrânia em busca de um acordo que não inclua a colaboração europeia. O novo governo dos EUA parece disposto a exigir que os países europeus assumam uma maior parte do ônus financeiro do apoio à Ucrânia, um ponto que já gera preocupações em Berlim, Paris e outras capitais europeias.
Trump, durante sua campanha, prometeu uma resolução rápida para o impasse ucraniano, afirmando que poderia solucionar o conflito em apenas um dia. Essa afirmação, no entanto, foi recebida com ceticismo tanto na Ucrânia quanto na Rússia, que destacam a complexidade da situação no terreno. As declarações de Trump e de membros de sua equipe refletem um tom crítico em relação ao governo ucraniano, com insinuações de que o presidente Volodymyr Zelensky estaria “comercializando a situação” ao buscar apoio financeiro nos EUA, o que levanta questões sobre a legitimidade do auxílio internacional.
Enquanto isso, a União Europeia se vê em um dilema: como manter sua relevância nas negociações, enquanto lida com um novo governo americano que pode não estar tão comprometido com a estratégia de apoio à Ucrânia como seus predecessores. O futuro das relações transatlânticas e a segurança na Europa dependem de como esses novos equilíbrios de poder se desenrolarão nas próximas semanas e meses. O descontentamento com a falta de um diálogo inclusivo pode não apenas afetar a Ucrânia, mas também reconfigurar as alianças na Europa e no cenário global.