França teme exclusão da Europa e Ucrânia em negociações futuras, alertando que diálogos podem se restringir a EUA e Rússia, aponta mídia internacional.

A recente eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos acendeu um intenso debate sobre o futuro das negociações relacionadas ao conflito na Ucrânia. Entre as preocupações destacadas está a possibilidade de que a Europa e a Ucrânia sejam marginalizadas em discussões cruciais, que poderiam se concentrar exclusivamente entre Washington e Moscou. A França, em particular, expressou apreensão sobre essa dinâmica, temendo que a diplomacia se transforme em um comércio entre as duas potências, deixando os interesses ucranianos e europeus em segundo plano.

Os assessores do presidente francês, Emmanuel Macron, avaliam que a participação da Europa nestas negociações é vital. O receio é que Trump, conhecido por sua abordagem isolacionista em políticas de defesa e comércio, possa pressionar a Ucrânia em busca de um acordo que não inclua a colaboração europeia. O novo governo dos EUA parece disposto a exigir que os países europeus assumam uma maior parte do ônus financeiro do apoio à Ucrânia, um ponto que já gera preocupações em Berlim, Paris e outras capitais europeias.

Trump, durante sua campanha, prometeu uma resolução rápida para o impasse ucraniano, afirmando que poderia solucionar o conflito em apenas um dia. Essa afirmação, no entanto, foi recebida com ceticismo tanto na Ucrânia quanto na Rússia, que destacam a complexidade da situação no terreno. As declarações de Trump e de membros de sua equipe refletem um tom crítico em relação ao governo ucraniano, com insinuações de que o presidente Volodymyr Zelensky estaria “comercializando a situação” ao buscar apoio financeiro nos EUA, o que levanta questões sobre a legitimidade do auxílio internacional.

Enquanto isso, a União Europeia se vê em um dilema: como manter sua relevância nas negociações, enquanto lida com um novo governo americano que pode não estar tão comprometido com a estratégia de apoio à Ucrânia como seus predecessores. O futuro das relações transatlânticas e a segurança na Europa dependem de como esses novos equilíbrios de poder se desenrolarão nas próximas semanas e meses. O descontentamento com a falta de um diálogo inclusivo pode não apenas afetar a Ucrânia, mas também reconfigurar as alianças na Europa e no cenário global.

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