O Reagrupamento Nacional (RN), liderado pela ultradireitista Marine Le Pen, aparece nas pesquisas com 35% das intenções de voto, seguido pela coalizão esquerdista Nova Frente Popular (NFP), com 28%. Macron, cuja aprovação está em baixa, com apenas 20% de intenções de voto, enfrenta um desafio com a ascensão de extremos nas pesquisas.
Os analistas afirmam que Macron terá pela frente uma extrema direita e uma esquerda fortalecida, o que poderá resultar em um período de paralisia política para o presidente. O sucesso do RN, especialmente sob a liderança de Jordan Bardella, representa uma ameaça para Macron, que já não consegue cativar uma grande parte da população francesa.
A mudança de imagem do RN, que passou por um processo de renovação nos últimos anos, tem sido fundamental para sua ascensão. Embora mantenha um discurso radical, a legenda tem conseguido se aproximar das massas, especialmente da classe média baixa e pobre, onde Macron tem perdido terreno. A ascensão de Bardella e a possível ampliação da bancada do RN no Parlamento representam um desafio para a política tradicional francesa, que tem sido abalada pelas alianças inesperadas e pela falta de consenso entre os partidos.
A possibilidade de uma aliança entre o RN e os Republicanos, partido da direita tradicional, levanta questões sobre o futuro político da França. Enquanto a esquerda também enfrenta desafios internos e busca evitar um fortalecimento ainda maior da extrema direita, a incerteza paira sobre o cenário político francês nas próximas eleições.
A ascensão da ultradireita na França não apenas preocupa os franceses, mas também acende um alerta no mundo, com o potencial de enfraquecer o processo de integração europeia. A possibilidade de os dois principais países da União Europeia terem uma extrema direita forte é uma ameaça que pode impactar não apenas a França, mas toda a Europa.