O governo egípcio, através de um comunicado, expressou apoio à iniciativa francesa, destacando que o presidente Abdel Fattah Sisi acolheu com satisfação a intenção de Macron. Para Sisi, o reconhecimento da Palestina é um sinal positivo que poderia contribuir para a paz e a estabilidade na região do Oriente Médio. Essa perspectiva reflete um desejo mais amplo entre algumas nações árabes de ver uma resolução para o conflito israelense-palestino, o que tem sido um desafio persistente ao longo das últimas décadas.
Por outro lado, a presidente da Itália, Giorgia Meloni, criticou a iniciativa francesa, afirmando que seu país não se unirá a essa declaração. Meloni enfatizou que reconhecer um Estado que, em sua visão, “não existe de fato”, poderia ser contraditório e até contraproducente. Ela argumentou que tal reconhecimento apressado pode dar a impressão de que o problema está resolvido, quando, na realidade, as questões subjacentes permanecem não resolvidas. Essa afirmação evidencia a divisão entre os países europeus sobre como abordar a situação complexa da Palestina.
A polêmica em torno do reconhecimento da Palestina ilustra não apenas a fragmentação de posicionamentos na Europa, mas também as diferentes prioridades e estratégias que cada país adota. Enquanto alguns veem o reconhecimento como um passo necessário para avançar nas negociações de paz, outros permanecem cautelosos, preocupados com as implicações a longo prazo de tais declarações.
A tensão entre essas perspectivas colocará à prova as relações diplomáticas no continente e em outras partes do mundo, à medida que diferentes nações reavaliam sua posição em relação à Palestina e Israel. O debate sobre o reconhecimento do Estado da Palestina não parece próximo de uma resolução, mas sim um reflexo das complexidades que envolvem a política internacional contemporânea.