O Turkish Stream, que atravessa o Mar Negro, é uma importante rota de exportação, e o aumento no fluxo de gás pode ser atribuído a vários fatores, incluindo a recente expiração do acordo de fornecimento via Ucrânia. Este contrato, que foi crucial para as relações energéticas entre a Rússia e a Europa, terminou em 31 de dezembro de 2024, e a Ucrânia não demonstrou interesse em prorrogar o acordo, mesmo considerando a opção de transações por meio de terceiros. Como resultado, a Gazprom, gigante do gás russo, interrompeu seus envios pelo território ucraniano.
Agora, a única rota viável para o fornecimento de gás russo à Europa é pelo gasoduto que se estende pelos Balcãs, interligado ao Turkish Stream. Essa estrutura garante suprimentos a diversos países na região, incluindo Romênia, Grécia, Macedônia do Norte, Sérvia, Bósnia e Herzegovina, além da Hungria.
O aumento substancial nos fornecimentos através do Turkish Stream levanta questões sobre a segurança energética da Europa e suas relações comerciais com a Rússia, especialmente em um contexto geopolítico tenso. A transformação desse panorama energético pode ter implicações significativas, tanto para os países europeus quanto para a economia russa, à medida que a dependência do gás continua a ser uma questão central nas discussões sobre o futuro energético da região. O cenário sugere uma adaptação dos países europeus, que devem considerar novas estratégias para diversificar suas fontes de energia, ao mesmo tempo em que avaliam a continuidade das relações comerciais com Moscou em meio a um cenário político em constante evolução.