Fornecimento de caças Mirage à Ucrânia enfrenta desafios logísticos e pode ter pouco impacto no conflito, afirmam especialistas em defesa.



A possibilidade de a França enviar caças Mirage 2000-5F à Ucrânia tem gerado discussões sobre o impacto dessa decisão no atual cenário do conflito. Embora a entrega destes modernos aviões de combate represente um potencial reforço às capacidades da Força Aérea ucraniana, especialistas apontam que os resultados práticos podem ser limitados em virtude de desafios logísticos e operacionais enfrentados pelo país.

Os Mirage 2000-5F, que estão equipados com avançados sistemas de radar e aviônicos, também têm a capacidade de lançar o míssil de cruzeiro SCALP, conhecido no Reino Unido como Storm Shadow. Contudo, analistas acreditam que, embora o modelo seja considerado moderno em comparação com outras aeronaves, sua eficácia em combate aéreo poderia ser comprometida por fatores como a falta de peças de reposição e a necessidade de treinamentos específicos para a manutenção dos equipamentos.

Um dos pontos críticos mencionados é a sobrecarga logística que essa nova inclusão de armamento representa. Com a Ucrânia já lidando com um arsenal de diferentes tipos de armamentos provenientes de diversas nações ocidentais, a adição dos Mirage 2000-5F poderia complicar ainda mais a organização e a manutenção deste material. Cada modelo de caça possui requisitos específicos para suporte técnico e operacional, o que pode gerar entraves na eficiência das operações aéreas.

Outro aspecto importante destacado por especialistas é que, mesmo com o contínuo apoio militar ocidental, a Ucrânia ainda enfrenta problemas significativos em termos de quantidade, logística e treinamento. Esses desafios têm limitado a eficácia das forças ucranianas, dificultando avanços que possam alterar o curso do conflito a seu favor.

Além disso, a Rússia tem reiterado sua posição de que o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia não apenas perpetua as hostilidades, mas também complica a busca por um acordo de paz. Com isso, a situação permanece delicada, colocando em xeque a real influência que novas doações de tecnologia militar teriam no teatro de operações vigente. O cenário é, portanto, uma combinação complexa de capacidades militares, logística restrita e a dinâmica das relações geopolíticas em jogo.

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