Formação militar e democracia: pesquisadora analisa o papel dos militares na história do Brasil e a influência na educação dos oficiais.



O Exército Brasileiro é um ator político constante e relevante na história do país. Ao longo dos anos, os militares tiveram participação em momentos cruciais da política nacional, desde a instauração da República em 1889 até a ditadura militar iniciada em 1964.

Com a ascensão do governo de Jair Bolsonaro, a atenção sobre o papel dos militares no Brasil voltou a ser tema de debates entre acadêmicos, intelectuais e jornalistas. A tentativa de golpe após a eleição de 2022, investigada pela Polícia Federal e em análise na Procuradoria-Geral da República, levantou questionamentos sobre a formação dos militares e como são construídas suas noções e valores sobre democracia e Estado de Direito.

A pós-doutoranda em ciências políticas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ana Amélia Penido Oliveira, lançou o livro “Como se Faz um Militar? A Formação Inicial na Academia Militar das Agulhas Negras de 1995 a 2012”, pela Editora Unesp. Em entrevista à Agência Brasil, a pesquisadora ressalta a importância da subordinação da educação militar ao mesmo sistema de ensino dos civis.

O recente envolvimento de militares do Exército na tentativa de golpe em 2022 reforçou a relevância de compreender a formação dos oficiais nas escolas militares. A professora de ciências políticas na Unicamp, Ana Amélia Penido, analisa como ocorre esse processo de ensino e destaca a necessidade de maior transparência e alinhamento com os princípios democráticos.

A entrevista com a pesquisadora Ana Amélia Penido traz insights valiosos sobre a formação dos militares no Brasil e ressalta a importância de uma educação militar que esteja em sintonia com os valores democráticos do país. É fundamental compreender como a formação dos militares influencia suas atuações e decisões políticas, especialmente em um contexto de busca por maior transparência e respeito à democracia.

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